Investir em modos de avaliação, interpretação e condição para se promover um encontro real com modos não dominantes de existir do homem na contemporaneidade.
E de como se pode, no encontro com forças e valores inauditos, não assimilá-los ou dissolver-se neles, tampouco congelá-los num conservadorismo de patrimônio cultural ou histórico, mas transmutá-los ou aliar-se aos modos intensivos de continuidade, mesmo e sobretudo quando para isso é necessário investir em novos modos de efetuar expressões incorporais ou conteúdos corporais, gestuais ou técnicos, rompendo com formas e figuras aparentemente continuadoras de uma tradição, mas que na realidade a inserem num processo irreversível de decadência, não das formas, mas das forças mais interessantes que a constituem. É um cultivo da afirmação e produção da diferença real nos encontros com o estranho, o estrangeiro, com o “outro” – com a realidade se fazendo em nós. Portanto uma cultura que, em vez de uma desagregação decadente que decorre diretamente de sua vontade de conservar o que necessariamente muda, exerce um combate ativo e alegre para fazer da vida diferente em vias de derivação, uma nova potência presente de criação ou lançamento de futuro.