No episódio de hoje vou contar uma breve história sobre a doença de Nietzsche, um dos maiores filósofos que a humanidade já teve. A doença de Nietzsche já serviu para muitas coisas, inclusive para detratá-lo, para rebaixar sua obra, invalidar seu pensamento. Mas o uso que ele mesmo faz do mal que o acomete é […]
Eu, que saí de casa muito jovem, impulsionado pela sede de viver, fugindo de um meio tão pobre intelectualmente que, acredite, nem sequer um livro ou mesmo um gibi tinha em casa, fui ler meu primeiro livro de filosofia já na faculdade quando um amigo me indicou Deleuze aos 20 anos.
Você ainda lembra dos seus desejos de ano novo? Ou eles já estão no passado? Num passado que fica cada vez mais pesado e sequestra o futuro? Ou você já começou a criar e colocar em prática novos hábitos, mas permanecem muitas incertezas? É preciso não só saber o que se quer, mas também validar […]
Assim como alongamos o corpo, é preciso — com até mais urgência — alongar o pensamento. Porque pensar não é pensar por imagens, nem por palavras, nem através dos sentimentos, mas pensar é necessariamente um acontecimento. E não basta exercitar a inteligência. É preciso investir não apenas em um uso inteligente das paixões e dos sentimentos, como no caso […]
O que podem juntos corpo, desejo e pensamento? Qual relação faria deles mananciais para uma grande saúde ? A força de existir é essencialmente força de criar. Mas quando existir é experimentado como ato de sobreviver, a conservação torna-se um valor de primeira ordem. Mas, e se em condições adversas esse mesmo ato for experimentado como ato […]
Muitas vezes não está ao nosso alcance evitar o mal que nos acomete, nem sustentar o bem que nos fortalece. Mas, o que podemos então? Podemos não só não fazer um uso piedoso das nossas dores, ou um uso complacente dos nossos prazeres, mas, sobretudo encontrar a necessidade de cada acontecimento de nossa vida que inocenta […]
Como é possível que nós humanos, animais tão inteligentes e sensíveis, os únicos animais sobre a face da terra capazes de criar as próprias condições de existência e exercer a potência plena do pensamento, acabem vivendo a maior parte do seu tempo coagidos, tornados fonte de tantos descaminhos, guerras, violências e modos tristes e rebaixados […]
Transcrição da palestra proferida por Luiz Fuganti no 1º CULPSI – Cultura & Psicologia, evento realizado pelos estudantes de psicologia da Faculdade de Tecnologia e Ciências (campus de Vitória da Conquista, Bahia) entre os dias 02 e 04 de maio de 2007
Vou esboçar algumas questões relativas ao biopoder e à saúde e, nos limites desse breve discurso, considerar alguns aspectos acerca do controle sobre a vida e do sentido daquilo que comumente se denomina cuidado. Em seguida, qual a relação desses aspectos do controle e do cuidado com as práticas de medicalização que constituem, me parece, uma nova demanda por um certo valor de saúde. Porém, não um valor de saúde que se produz a partir de um tipo ativo de vida, mas aquela saúde que se demanda e acontece como investimento de desejo de um tipo de vida separada de suas capacidades de criar as próprias condições do existir.
Ao primeiro sinal da palavra ética o que salta à atenção comum do cidadão é um chamado para que ele, ao ponderar seu sentido mais frequente e ordinário, procure ascender a uma postura de vida e de comportamento que por princípio o colocaria no caminho do Bem, seja de natureza espiritual, seja um Bem para a humanidade ou, simplesmente, uma disposição por parte daquele que é qualificado com atributos ditos éticos, a assumir um comportamento que tenderia para o tão propalado bem comum da sociedade em que vive.