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Uma desconstrução

 

Nós não faremos nada socialmente, politicamente, economicamente, culturalmente, enquanto não percebermos que o essencial para que alguma coisa mude realmente é começar por nós mesmos. É começar por praticar uma desconstrução daquilo que nos tornamos. Por quê? Por que o que nos tornamos ao longo de milênios, e das últimas centenas de anos, ou das últimas décadas, a partir do século 19 e 20, é algo que inviabiliza a apreensão do real, à medida em que o real acontece em uma dimensão imediata de nós mesmos.
Nós estamos, de alguma maneira, cegados pelo nosso próprio modo de viver. E esse nosso modo de vida que nos impede de ver, que nos impede de elevar o pensamento à sua mais alta potência, elevar o movimento intensivo do corpo à sua mais alta potência, elevar as capacidades criativas das forças de humanidade em nós à sua mais alta potência, essa nossa maneira de viver que nos impede, portanto, de ter o acesso imediato a esse plano de realidade é a maneira dominante que deve ser desconstruída. É a nossa tarefa crítica.

 

Transcrição por Gabriel Naldi

Curso de Introdução à Esquizoanálise 2022 (Aula 2 – Pílula 1)

© Escola Nômade de Filosofia