…) O desejo não é uma consciência da falta marcada por um signo, que revelaria a presença da ausência do objeto desejado. O desejo não é Édipo, não é uma asma infinita, uma sofreguidão sem-fim que emerge no nada da falta. Ao desejo nada falta, ele é pleno de si mesmo, pois não existe previamente ao seu objeto, mas nasce simultaneamente com seu duplo objeto. O desejo emerge no meio, é um elemento relacional, uma liga de fluxos. Se ele tem objeto, este é o próprio fluxo. O desejo não se aloja na ‘substância’ de qualquer dos termos ligados por ele.”