Luiz Fuganti Participante: dá para falar de intensidade, quando falamos do atributo Extensão? O que é? É um modo no atributo. Vamos usar uma imagem bem simples: o atributo é o ambiente do corpo, o atributo Extensão é o meio do corpo. Participante: que está entre aquela coisa do lento e do veloz. Isso, velocidade […]
Transcrição da palestra proferida por Luiz Fuganti no 1º CULPSI – Cultura & Psicologia, evento realizado pelos estudantes de psicologia da Faculdade de Tecnologia e Ciências (campus de Vitória da Conquista, Bahia) entre os dias 02 e 04 de maio de 2007
“Talvez um dia o século será deleuziano”, assim falou Michel Foucault numa ocasião, depois do extraordinário impacto que lhe provocou a leitura de duas obras que marcaram para sempre, não só o século 20, mas toda a história do pensamento humano: Lógica do Sentido e Diferença e Repetição, de Gilles Deleuze. Essas obras por si só mostra toda singularidade e diferença de uma pura potência do pensamento.
Então eu dizia que nós vivemos geralmente de modo separado do que podemos, nós não sabemos muito bem mais o que é vivermos colados à capacidade de existir na sua abertura máxima ou, no mínimo, na sua abertura que faz a nossa potência crescer. Esse horizonte é cada vez mais ofuscado. Eu diria mais: que há uma instituição humana que investe cada vez mais na separação da vida do que ela pode; e falsifica o que é viver, assim como falsifica o que é pensar. E não se sabe mais da vida a não ser fora do imediato, a não ser fora do acontecimento, não se sabe mais da vida ativa, afirmativa, intensiva.